história da nossa vila



















Bandeira da freguesia


ARÕES SÃO ROMÃO é a sua segunda mais importante freguesia de Fafe (logo a seguir à sede de Concelho), tanto em termos demográficos (com uma população acima dos 4.000 habitantes), como no que diz respeito ao desenvolvimento industrial e à prestação de serviços. Possui uma extensão de aproximadamente 6, 6 Km2, situando-se no sudoeste no Concelho, num vale fértil, onde, em termos agrícolas e vitivinícolas, se destacam as culturas do milho e da vinha.














Igreja Românica de Arões São Romão


A freguesia tem origem remota, havendo testemunhos diversos do seu povoamento e importância no decurso da História, o mais proeminente de todos, sem dúvida, a IGREJA ROMÂNICA, de 1237, único Monumento Nacional de Fafe (desde 1927), a que se juntam outros como a Casa da Arrochela (onde se diz ter pernoitado a Rainha D. Maria II, aquando da elevação de Guimarães a cidade), a Casa brasonada de Estrufães, a Casa do Passal, ou ainda a Capela de Santo Antão e concomitante Via Sacra.

Sobre o topónimo ‘Arões’ existem pelo menos três teorias distintas: 1) a de provir do nome próprio ‘Ero Fernandes’ (importante aristocrata, que viveu entre os séculos IX e X), neste caso pelo genitivo ‘Villa Eironis’ [Vila ou Terra de Ero] e de que derivariam as formas ‘Aronis’, ‘Arones’, ‘Arõoes’ e ‘Arões’; 2) a de provir da palavra ‘Aron’ (derivado do germânico ara [altar]); 3) a de assinalar a abundância no seu solo de uma planta de nome ‘arão’, também conhecida por ‘jarro’.


Vista panorâmica de Arões S. Romão


Até 1853 Arões São Romão fez parte de Guimarães, altura em que passou a integrar a Comarca de Fafe, em virtude da Reforma Administrativa do Reino que se operou nesse ano. Em 1864 eram 764 os seus habitantes, evoluindo para os 894, no início do Século XX. Em 1970, a freguesia contava já com 1733 habitantes, número que duplicou nas últimas três décadas.

De uma aldeia estritamente ligada à agro-pecuária e ao artesanato, Arões viu multiplicarem-se-lhe as indústrias e as actividades a ela associadas, não apenas no sector têxtil (que tradicionalmente anima o Vale do Ave), como nos mármores, fabrico de calçado, mobiliário, produção (e exportação) de vinhos e assistência automóvel.














Unidade de Saúde Familiar de Arões


Ao mesmo tempo, diversificou a oferta de serviços, com a Unidade de Saúde Familiar de Arões em plano de destaque (servindo um universo de perto de dez mil utentes, oriundos das freguesias de Arões S. Romão, Golães, Cepães, Arões Santa Cristina e Fareja). Para além desta extensão de Saúde, há a sublinhar o Lar de Idosos (Lar Cónego Valdemar Gonçalves), a Escolas E. B. 1 dos Ferreiros, o Centro para a Formação da Juventude de Arões (CFJA) e a renovada Sede da Junta de Freguesia, apetrechada com um Auditório, Biblioteca, Espaço Internet, Terminal Multibanco, Sala de Reuniões e um Bar. Arões conta ainda com a proximidade da Escola E. B. 2, 3 de Arões, sede de agrupamento das escolas do ensino básico no sudoeste do Concelho.













Grupo Folclórico da Casa do Povo de Arões


Entretanto, fazendo jus ao seu passado, a população tem dinamizado várias associações de carácter lúdico, religioso, social e cultural, entre elas o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Arões (associação folclórica e etnográfica fundada em 1979, conhecida nacional e internacionalmente, organizadora, entre outros, do Festival Internacional de Folclore de Fafe, que se realiza anualmente, no último fim-de-semana de Julho), o Arões Sport Clube (com um brilhante palmarés na divisão maior do escalão regional de Braga), o Grupo de Teatro de Arões, a Associação Desportiva e Recreativa dos Oleiros, o Agrupamento de Escuteiros ou o Orfeão, associações que juntamente com o artesanato local (cestaria, tanoaria, trabalho de madeiras ou o fabrico de doces regionais) têm levado o nome de Arões um pouco por todo o país e pelo estrangeiro, junto das muitas comunidades portuguesas.



















Artesanato local


Algumas figuras de renome a têm igualmente engrandecido, caso da pintora Fina Rosa, dos professores António Marques Mendes e Mário Araújo Silva, dos políticos Luís Marques Mendes e José Carvalho Freitas, do jornalista Silvino Moreira, dos desportistas como Luís Gomes, Adão Miranda e Manuel Rocha, ou dos escritores Valdemar Gonçalves e João Ricardo Lopes.

Elucidativas são as palavras do escritor José Saramago em «Viagem a Portugal», quando de visita a Fafe se deslumbrou na paisagem aronense: «Poucos quilómetros adiante de Guimarães é Arões. Lástima tem o viajante de que uma linha de palavras não seja uma corrente de imagens, de luzes, de sons, de que entre elas não circule o vento, que sobre elas não chora, e de que por exemplo, seja impossível esperar que nasça uma flor do “O” da palavra flor. Vem isto tão a propósito de Arões como de qualquer lugar, mas como a paisagem é esta beleza, como a Igreja Matriz é este românico, tem o viajante este desabafo», palavras que servem de intróito ao livro aberto em que inteiramente se desvenda esta terra àqueles que possam nela encontrar um pouco de repouso ou vontade para saborear uma boa fatia de pão-de-ló e um refrescante vinho verde!



















Sede da Junta de Freguesia e monumento evocativo da elevação de Arões a Vila


Em 2009, a freguesia foi elevada à categoria de Vila, com a promulgação de Lei 43/ 2009, ficando na sua História a data de 20 de Julho desse ano, aquando da aprovação na Assembleia da República do Projecto de Lei 513/ IX. No mesmo ano, foi inaugurado pelo anterior executivo, liderado por José Carvalho Freitas, junto do edifício sede de Junta um monumento evocativo, evocando o desabrochar de uma flor, cuja haste robusta, em granito, e na intersecção de quatro caminhos, significa o caminho histórico das gentes de Arões e o nascer de uma nova época, a ligação às origens e a perspectiva do futuro!

Actualmente, o executivo da Junta é presidido pela Dra. CLÁUDIA CASTRO e conta com ainda com os vogais Dr. JOÃO RICARDO LOPES (secretário) e Eng. JOEL FERNANDES (tesoureiro).