4 de junho de 2013

Associação «SENTIR» no coração dos aronenses

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A SENTIR – Associação para a Integração e Reabilitação Social vem implementando desde o outono passado, em parceria com a Junta de Arões São Romão, o projeto «Ínclita Geração: passado, presente e futuro», destinado a pessoas seniores da Freguesia e que decorre ao abrigo do Programa Juventude em Ação, em 2012/2013.
 
 
Trata-se de um projeto educacional que visa possibilitar à população idosa da Arões São Romão um conjunto de atividades mobilizadoras de novas competências e a partilha de saberes, encarados como forma de combate às patologias próprias desta faixa etária.
 
 
“Promover o envelhecimento ativo, combater a solidão, incentivar a socialização, retardar e evitar a institucionalização, potenciar a inclusão social, apoiar a família e auxiliar no acesso a cuidados de saúde (nomeadamente através da exercitação dos sentidos e da estimulação motora e cognitiva do idoso) são algumas das principais motivações deste projeto” explicou Patrícia Abreu, educadora social gerontológica e voluntária da associação Sentir.
 
 
Um ateliê de artes, aulas de informática, visitas culturais, sessões de teatro, ginástica geriátrica, caminhadas e jogos tradicionais são algumas das atividades que compõem o vasto leque de propostas lúdico-didáticas deste projeto, centradas no edifício da Sede da Junta de Freguesia, todas as terças-feiras das 15h00 às 17h00.
 
 
Patrícia Abreu, um dos rostos deste projeto e a quem cabe a responsabilidade de promover um envelhecimento ativo, (“com o objetivo de aumentar a expectativa de uma vida saudável e com qualidade”) detalhou alguns dos objetivos do «Ínclita Geração»: “Ele permite que os seniores percebam o seu potencial para o bem-estar físico, psicológico e social, vivenciando atividades lúdicas que contribuem para um aumento de autoestima, melhorando a sua autonomia e independência pessoal. Este é composto por seniores ativos que não se contentam em ficar em casa, a cuidar dos afazeres domésticos. Queremos que eles saibam exprimir sentimentos através da pintura, que desenvolvam e estimulem a imaginação, mas ao mesmo tempo que desenvolvam a sua motricidade fina, a precisão manual e a coordenação psicomotora. Tudo isto porque é fundamental evitar o isolamento, porque é importante que todos comuniquem, discutam, estabeleçam qualidades grupais como a coesão, a partilha, o trabalho em equipa…”.
 
 
Elvira Leite, uma das participantes, sintetizou precisamente esse espírito de grupo: “Não deixamos de ser quem somos, mas ficamos com a mais aberta. E convivemos todas!”
 
 
Numa altura em que as estatísticas identificam nos países ocidentais um fenómeno generalizado de envelhecimento da população ativa, este projeto ganha relevo. De resto, convívio e bem-estar são duas palavras que, de resto, repetem todas as participantes. E porque não há idade para aprender, a associação SENTIR vem-lhes propondo semanalmente uma abordagem às novas tecnologias.
 
 
“O nosso público-alvo tem revelado dificuldades em entender esta nova linguagem e em lidar com os avanços tecnológicos, mas revela também curiosidade: estas tecnologias seriam algo de inalcançável até há bem pouco tempo, mas agora são uma realidade” acrescenta a educadora responsável. “Estas atividades, além de proporcionarem bem-estar, implicam uma melhor qualidade de vida, desde logo por estimularem o sentido de autoestima”, concluiu a educadora social gerontológica.

 
Fotos: Patrícia Abreu/ Associação SENTIR